TOTAL DE VEZES EM QUE ESSE BLOG FOI ACESSADO:

26/12/2012

FORMOSO aguarda posse da nova prefeita para se livrar do caos deixado pelo atual prefeito.


O Município de Formoso após Oito Anos de Mandato do Prefeito LUIZINHO
(XIKO MENDES)

Considerando o mandamento constitucional de garantir funcionalidade e eficiência na continuidade dos serviços públicos sob os auspícios da Administração Pública Municipal de Formoso. Considerando que a principal finalidade da Política é autoconceber-se como a arte de solucionar conflitos de forma democrática, transformando sonhos ou expectativas do povo em ações concretas para quem de fato precisa de governo; e que a Gestão Pública é a instância mediadora de ações e diálogo na busca do desenvolvimento coletivo e do interesse público.
Considerando que a transparência, a lisura, o compromisso ético, a impessoalidade, a probidade, a regularidade, a razoabilidade, a economicidade, a indisponibilidade do Patrimônio Público, bem como a publicidade dos atos e contratos administrativos são princípios constitucionais inafastáveis e inalienáveis para garantir uma boa continuidade institucional dos serviços públicos e dos programas de governo em execução em todas as esferas dos entes federados do Estado (municípios, estados, Distrito Federal e União)... Passamos a descrever em que situação o Município de Formoso se encontra após oito anos de desmandos administrativos, tudo com base em informações extraoficiais vindas do processo de transição política ainda em andamento.
O município, unidade administrativa de gestão territorial que o Brasil herdou do Direito Romano, é um dos quatro entes da Federação instituídos pela nossa Carta Magna de 1988. O município é o espaço político no qual se constrói a nação e se assenta os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito. É na sede do município, ou melhor, é nas cidades que partilhamos valores, estabelecemos laços afetivos de convivência social e familiar, construímos as bases do desenvolvimento do país, enfim, é no município que emerge o sentimento de unidade nacional e de identidade de um povo. Por isso, cuidar do município é cuidar da Pátria, cuidar do futuro.
Infelizmente, não é isso o que se vê ao encerrar o governo do atual prefeito LUIZ CARLOS DA SILVA (LUIZINHO). A cidade, desde Aristóteles, é o espaço de construção da cidadania, é o lócus fundador da civilização, é a bússola que norteia o destino de um povo, é o centro de comando do progresso material e intelectual em um território historicamente construído. Mas, em Formoso, a concepção de cidade colocada em prática pelo governo do Município nos últimos oito anos, é a de que a Administração Pública se configura como terra de ninguém destinada à mesquinharia, à hipocrisia, à demagogia, à mitomania quixotesca, aos shows pirotécnicos enxovalhados sob o manto da maquiagem e da mentira. Por todos os lugares onde a Comissão de Transição passou dentro do município de Formoso, o que se viu foi um indisfarçável descalabro ético e administrativo na gestão da coisa pública.
Descrever o estado no qual se encontra a Administração do município de Formoso, antes de tudo, exige coragem e uma dose dantesca de paciência para conter a indignação ante o tamanho descaso com o povo e o interesse público.
Em todos os setores, a marca do governo que se encerra em Formoso, após oito anos, é a do abandono provocado pela paralisia administrativa pacientemente orquestrada por uma gestão temerária e caótica, sem rumos e sem princípios éticos na condução dos bens públicos. A dilapidação do patrimônio público, a precarização crescente dos serviços públicos, a desorganização funcional da máquina administrativa, a falta de investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento municipal, as obras inacabadas, os ônibus escolares em estado de ferro velho, as pontes de madeira apodrecidas, as estradas esburacadas, as escolas sem reforma e sem projeto pedagógico, os prédios de repartições públicas sujas e sem conservação, o maquinário e veículos danificados e abandonados, a gestão temerária do Orçamento Público, a falta de respeito com o uso de dinheiro público, os sinais evidentes de enriquecimento ilícito entre alguns dos detentores de cargos comissionados, o endividamento crescente do Município, o lixo que se avoluma como cratera lunar nas ruas da cidade... são alguns dos elementos dantescos que ilustram o vergonhoso cenário de destruição que caracteriza o fim do atual governo no município de Formoso.
O governo que tomará posse em 2013 terá pela frente o desafio gigantesco de retomar, em Formoso, a concepção de Cidade herdada dos gregos: a cidade-pólis como espaço de dignidade coletiva, sobretudo para os mais pobres, a cidade como território de humanização do Homem, mediador e construtor de valores éticos e culturais. É necessário dizer que a Gestão Pública a ser colocada em prática nos próximos quatro anos não pode recuar da nobre e patriótica tarefa de moralizar a Administração Pública por meio de ações efetivas que recoloquem o Município de Formoso nos trilhos da civilização.
Para isso, será preciso tomar atitudes e iniciativas ousadas contra a imundície dos atos e ações praticados nos últimos oito anos do atual governo. O peso dos duzentos anos de história de Formoso exige, ante o aniversário de 50 anos de sua emancipação política, que o próximo governo faça, com urgência, uma reestruturação imediata das bases institucionais da Administração Pública Municipal, promovendo o reordenamento político, administrativo e operacional dos programas, ações, projetos e serviços públicos se não quiser correr o risco de se ter um município ingovernável nas próximas décadas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, assine seus comentários para que possamos respondê-los. Excluiremos todos os comentários ANÔNIMOS.