Síntese Histórica de Formoso - MG
(Conferência proferida no 1º Encontro de Historiadores do Noroeste de Minas, em Paracatu, dias 18 e 19/03/2006, promoção da Academia de Letras do Noroeste de Minas em parceria com Prefeitura e Câmara Municipal de Paracatu-MG).
Xiko Mendes
Em nome dessa MINEIRIDADE tão cantada e decantada que vincula o antigo sertão das minas ao sertão das gerais, criador de gado nos currais do São Francisco e dentro do qual Formoso nasceu e continua orgulhoso de pertencer. E em nome da URUCUIANIDADE – palavra nova que funde o amor-amizade de Riobaldo e Diadorim, personagens de Guimarães Rosa, para revestir-se do sentido simbólico de comprometimento com a cultura, o meio ambiente, a história, e sobretudo as estórias do Homem do Sertão Urucuiano, Formoso apresenta-se nesta tarde maravilhosa de reencontro com Clio, a Musa Protetora da Memória dos Povos, para falar um pouco do que fomos e do que somos caminhando nas trilhas por onde esvaíram sonhos e consumaram conquistas neste sertão do ouro de Paracatu.
(Conferência proferida no 1º Encontro de Historiadores do Noroeste de Minas, em Paracatu, dias 18 e 19/03/2006, promoção da Academia de Letras do Noroeste de Minas em parceria com Prefeitura e Câmara Municipal de Paracatu-MG).
Xiko Mendes
Em nome dessa MINEIRIDADE tão cantada e decantada que vincula o antigo sertão das minas ao sertão das gerais, criador de gado nos currais do São Francisco e dentro do qual Formoso nasceu e continua orgulhoso de pertencer. E em nome da URUCUIANIDADE – palavra nova que funde o amor-amizade de Riobaldo e Diadorim, personagens de Guimarães Rosa, para revestir-se do sentido simbólico de comprometimento com a cultura, o meio ambiente, a história, e sobretudo as estórias do Homem do Sertão Urucuiano, Formoso apresenta-se nesta tarde maravilhosa de reencontro com Clio, a Musa Protetora da Memória dos Povos, para falar um pouco do que fomos e do que somos caminhando nas trilhas por onde esvaíram sonhos e consumaram conquistas neste sertão do ouro de Paracatu.
Formoso – MG localiza-se na Mesorregião NOROESTE DE MINAS integrando a microrregião de Unaí. É um município do Médio São Francisco a 14’56”59º de latitude sul e a 46’15”35º de longitude oeste. Tem um território de 3.833,40 Km2 com clima tropical de altitude. Fica a 263 Km de Brasília-DF e a 860 Km de Belo Horizonte - MG. O acesso rodoviário à Cidade é feito, indiretamente, pela BR-020 (Brasília-Fortaleza). Logo após Alvorada do Norte-GO, deixa-se esta rodovia federal e uma rodovia estadual pavimentada que segue até Sítio d’Abadia indica o caminho para Formoso com apenas 18 Km de estrada não asfaltada, mas sempre em bom estado de conservação. Antes de Alvorada, no Povoado de Santa Maria, pode-se ir a Formoso usando uma via intermunicipal de cerca de 70 Km sem asfalto por onde antes passava parte da histórica Picada da Bahia. Chega-se igualmente à Formoso pela Rodovia MG-400 (Unaí-Formoso) percorrendo um trecho não pavimentado de 120 Km a partir de Buritis. O Censo do IBGE em 2000 registrou uma população de 6.517 habitantes, mas as estimativas oficiais apontam hoje uma população de, aproximadamente, 7.500 habitantes.
O povoamento do território de Formoso-MG começou na segunda metade do século XVIII como decorrência da movimentação rodoviária colonial pela Picada da Bahia – Estrada Real oficializada em 1736 pelo rei D. João V, que no mesmo ano instalou o Registro Fiscal de Santa Maria, na fronteira entre Minas Gerais e Goiás, a menos de 70 Km da atual Cidade de Formoso para fiscalizar o comércio de ouro e gado entre o Vale do São Francisco e as Minas do Centro-Oeste, em Goiás e Mato Grosso.
Naquela época a região do município era ocupada por fazendeiros do Norte de Minas e a área do Alto Urucuia – onde Formoso se encontra – pertencia ao domínio usufrutuário de Matias Cardoso de Oliveira, que sucedeu à família baiana Garcia D’Ávila, da Casa da Torre de Tatuapara, que tinha o usufruto do Alto Carinhanha desde 1659, segundo o historiador baiano Moniz Bandeira. Pela Picada da Bahia viajavam autoridades do Reino como D. Luiz da Cunha Menezes – aquele da Inconfidência Mineira – que, nomeado Governador da Capitania de Goiás, deslocou-se de Salvador-BA, hospedou-se no “Sítio Formoso” em 4/10/1778 e registrou o fato em seu diário de viagem – sendo esta a data de origem oficial do nosso povoamento. Não se sabe quem era o proprietário dela, mas a Fazenda Formoso – segundo conservou a tradição oral do século XIX e os “Registros Paroquiais” encontrados na Divisão Fundiária de 1942 – era de propriedade do sertanista FELIPE TAVARES DOS SANTOS, que se supõe ser parente próximo do bandeirante paulista Antônio Raposo Tavares. Na primeira metade do século XIX, além da Família do seu Fundador, outras também se tornaram co-responsáveis pela colonização do território de Formoso como Ornelas, Almeida, Carneiro, Mendes e Magalhães, que se juntaram a outras no século XX como Moreira, Andrade, etc.
Formoso foi elevado à categoria de Distrito do Município de Paracatu pela Lei Provincial nº: 1.713 de 5/10/1870. Depois seu território distrital foi transferido para o Município de São Romão por determinação da Lei Estadual nº: 843 de 7/9/1923. O arraial foi alçado à condição de Vila em 1933. Seu Processo de Emancipação Política foi resultado de um projeto de autoria do Deputado Lourival Brasil Filho, que o incluiu entre os distritos que se tornaram municípios por força da Lei nº: 2.764 de 30/12/1962.
A Instalação do Município de Formoso se deu no dia 1º de março de 1963 – considerada a data oficial de seu aniversário – quando também foi empossado o Intendente Osvaldo da Silva Ornelas. A Câmara Municipal de Formoso só viria a ser instalada com a posse de sua Primeira Legislatura em 5/8/1964, paralelamente à posse do primeiro prefeito.
Estes são os membros da Elite Dirigente Local – Tomadores de Decisão sobre o Município – que, eleitos pelo Povo, tomaram posse como Prefeitos de Formoso:
• VANDERLINO DE ALMEIDA ORNELAS – 1ª Administração Municipal: 1964/1967;
• OSVALDO DA SILVA ORNELAS – 2ª Administração Municipal: 1967-1970;
• JOSÉ BOTELHO DE CASTRO – 3ª Administração Municipal: 1971/72;
• LOURIVAL ANDRADE ORNELAS – 4ª, 6ª e 8ª Administrações Municipais: 1973-1976, 1983-1988, 1993-1996;
• NELSON DIAS ANDRADE – 5ª Administração Municipal: 1977-1982;
• ORLANDO JOSÉ DA SILVA – 7ª, 9ª e 10ª Administrações Municipais: 1989-1992, 1997-2000, 2001-2004;
• LUIZ CARLOS SILVA (Luizinho) – 11ª Administração Municipal: 2005-2008.
• VANDERLINO DE ALMEIDA ORNELAS – 1ª Administração Municipal: 1964/1967;
• OSVALDO DA SILVA ORNELAS – 2ª Administração Municipal: 1967-1970;
• JOSÉ BOTELHO DE CASTRO – 3ª Administração Municipal: 1971/72;
• LOURIVAL ANDRADE ORNELAS – 4ª, 6ª e 8ª Administrações Municipais: 1973-1976, 1983-1988, 1993-1996;
• NELSON DIAS ANDRADE – 5ª Administração Municipal: 1977-1982;
• ORLANDO JOSÉ DA SILVA – 7ª, 9ª e 10ª Administrações Municipais: 1989-1992, 1997-2000, 2001-2004;
• LUIZ CARLOS SILVA (Luizinho) – 11ª Administração Municipal: 2005-2008.
- LUIZ CARLOS DA SILVA - 12ª Administração: 2006-2012.
Formoso-MG, desde 1975, tem na agricultura mecanizada sua principal base econômica. O maior agente econômico na arrecadação de impostos para o município é a empresa COOPERTINGA – Cooperativa Agropecuária da Região do Piratinga Ltda – ali criada em 1990, que usa vasta região do Cerrado para atividades produtivas. Formoso é hoje um dos maiores celeiros de grãos do Noroeste de Minas. O Agronegócio veio suceder à Pecuária extensiva que por longos dois séculos foi o sustentáculo da estrutura socioeconômica local. A Pecuária foi o símbolo de uma época de prosperidade que, após a decadência das minas de Paracatu, fez do Urucuia um mundo encantadoramente belo que seduziu Guimarães Rosa; um mundo povoado de vaqueiros, tropeiros, boiadeiros, gente do sertão com a alma lavada de felicidade, mas com o sonho preso a um progresso distante centralizado em Paracatu e Januária, cidades com as quais Formoso mantinha contatos antes da existência de Brasília.
O Município de Formoso detém riquíssima BIODIVERSIDADE conservada na área leste de seu território onde se encontra boa parte da área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas (Parna-GSV), criado pelo Decreto-lei nº: 97.658 de 12/4/1989 com uma extensão de 84 mil hectares. Em 1977 o Centro para a Conservação da Natureza, de Minas Gerais, iniciou a luta para transformar os Gerais do Vale do Carinhanha – parte dele em Formoso – em unidade de conservação. Os estudos que deram origem ao Parque foram feitos a partir de 1986, sob liderança da Fundação Pro-natureza (FUNATURA). O ecossistema da região foi pesquisado pelo biólogo Dr. Bráulio Ferreira de Souza Dias com uma equipe integrada pelos Drs. Áureo A. Faleiros e Raul Luiz de Melo Dusi. Em 23/5/2004 o Governo Federal determinou a expansão do Parque para 231 mil hectares. Além de Formoso e Cocos/BA – que juntos detêm a maior área de terras dentro do Parna-GSV, ele também abrange terras dos municípios mineiros de Chapada Gaúcha e Arinos, e confronta-se com o Marco Trijunção na divisa BA/GO/MG. O Parque Nacional Grande Sertão Veredas – orgulho de Formoso e do Vale do Urucuia – é uma homenagem ao escritor Guimarães Rosa cujo romance completará em maio de 2006 cinqüenta anos de publicação. Tanto no romance quanto na novela “Noites do Sertão”, que também faz 50 anos agora, o renomado escritor dedica páginas e páginas incluindo Formoso em sua geografia literária.
Formoso é também detentor de rica potencialidade ecoturística. Além do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, temos o Lago Formoso, as Serras do São Domingos e do Piratinga, as festas tradicionais como a de Julho, a de Santo Antônio e a Cavalgada Ecológica. Temos grutas, cachoeiras, paisagens belas, veredas, chapadas, e gente hospitaleira, um povo cujo destino e vocação é estar eternamente de braços abertos para o mundo.
Formoso é um município que nessas quatro décadas de emancipação tem lutado, diuturnamente, na busca de seu próprio desenvolvimento. Para isto, tem feito esforços significativos para tornar o seu Povo mais digno e feliz. Na EDUCAÇÃO, por exemplo, Formoso, além de contar com Educação Infantil, com Ensino Fundamental e Médio já estruturados, conta também com a existência de um campus da Universidade Presidente Antônio Carlos, de Barbacena, que ali ministra o curso Normal Superior com possibilidade de vir a funcionar outros cursos como o de Pedagogia. Na área da SAÚDE PÚBLICA, setor que continua requerendo das autoridades municipais e do Estado mais atenção na definição de prioridades, Formoso, apesar das dificuldades, conta com dois postos de saúde e com um Hospital Municipal em processo de consolidação operacional.
Na área de TRANSPORTES Formoso ainda luta para que sejam concluídas as obras de asfaltamento da Rodovia MG-400, que liga Unaí a Formoso, mas que por interesses político-partidários do Governo de Minas em 1989, só pavimentou até Buritis desviando o resto da verba para asfaltar a estrada que termina em Arinos. É igualmente prioritário em Formoso junto com o asfalto na MG-400, a implantação de eletrificação rural, que já se encontra em processo de implantação por meio da inclusão do Município no sistema de geração de energia da Usina de Queimados.
Na área de Infra-estrutura Urbana, há demandas reprimidas que requerem dos governantes a implementação de políticas públicas urgentes. Em SANEAMENTO, por exemplo. Apesar da existência de asfalto em metade da cidade, da existência de energia elétrica proveniente de Goiás e de água potável sob responsabilidade do Governo de Minas, Formoso, como a maioria das pequenas e médias cidades do Noroeste de Minas, vive hoje o dilema do crescimento urbano desordenado sem programas de planejamento urbano e sem projetos de desenvolvimento rural que façam redistribuição de renda e fixe o homem no campo dando-lhe qualidade de vida. É urgente a necessidade de mais investimentos na instalação de equipamentos públicos comunitários que garantam uma prestação de serviços públicos com eficiência e qualidade.
Se antes de Brasília o progresso chegava em Formoso em lombo de cavalo e na velocidade do carro-de-boi, hoje ele sai em caminhões que levam nossas riquezas agrícolas e nos ônibus que carregam nossas ilusões por ainda acreditarmos que cidades-pólo de desenvolvimento como Unaí, Paracatu e a Capital Federal vão, equivocadamente, nos tornar melhores e desenvolvidos. Esta lógica capitalista, centralizadora do progresso, concentradora de rendas, que se sustenta na exploração indiscriminada dos recursos naturais sem conservação do meio ambiente é cruelmente devastadora de nossos sonhos, inclusive o sonho de sermos um dia uma cidade sustentável, uma cidade cujo projeto de futuro passe, obrigatoriamente pela co-responsalibilidade de buscar soluções compartilhadas onde Governos Municipal, Estadual e Federal, e onde Governantes e Sociedade Civil locais, sejam atores protagonistas nos processos de tomada de decisão pela sustentabilidade das presentes e futuras gerações.
Formoso, como todas as outras cidades urucuianas – como Arinos e Buritis presentes aqui nesse ciclo de conferências – não pode continuar com essa ilusão de que o Agronegócio sem programas de gestão ambiental orientados para o Desenvolvimento Local Integrado Sustentável é o seu projeto de futuro. É preciso construir um PROJETO DE CIDADE SUSTENTÁVEL não só para Formoso, mas para todas essas cidades das bacias do Paracatu e do Urucuia. O Noroeste de Minas tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Estado. E Formoso está entre eles.
Não vim aqui apenas para falar de passado por que entendo, como historiador, ser a história uma construção permanente do projeto de homem e do projeto de futuro de um povo. E essa construção deve partir dessa interação crítica entre passado e presente, dessa mediação dialógica entre o que fazemos e o que deixamos de fazer ou ainda está por ser feito. Essa releitura crítica do processo histórico que envolve a formação, a ocupação e o modelo de desenvolvimento vigente no Noroeste de Minas como representação de nossa identidade regional é que deve ser o ponto de partida de onde será construída a perspectiva de entendimento do passado e das realidades locais de cidades como Formoso, entre outras de nossa Região.
Precisamos construir um novo modelo de integração regional para o Noroeste de Minas. Um modelo capaz de garantir a sustentabilidade socioeconômica, cultural, político-institucional e ecossistêmica com políticas públicas que possam fazer de cidades pequenas como Formoso pólos de atração para o Turismo e para investimentos da Iniciativa Privada. Para isto, é preciso que os Governos Federal e Estadual, e as instituições públicas e privadas com atuação no Noroeste de Minas construam parcerias institucionais fortes e permanentes. Parcerias que resultem em dotar essas cidades como Formoso de infra-estrutura urbana e rural, em criar projetos de preservação e difusão do Patrimônio Histórico e cultural local, ou de programas de desburocratização e descentralização de serviços públicos essenciais em cada município.
Hoje é escandalosa a centralização de serviços públicos em Paracatu e Unaí. Por que não, por exemplo, criar dentro do Noroeste de Minas várias outras microrregiões como uma em Buritis, que possam concentrar a estrutura de serviços públicos estaduais e federais mais próximos de pequenas cidades como Formoso? Por que não criar um MUSEU REGIONAL sob administração do Governo de Minas que possa formular e viabilizar políticas públicas para a Cultura local das cidades do Noroeste de Minas? Por que não o Governo de Minas, os empresários e as Prefeituras do Noroeste de Minas não juntam forças para criar um grande programa de turismo sustentável divulgando esta Mesorregião para o Brasil e o Mundo mostrando nossas potencialidades ou tesouros do futuro como o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, ou integrando iniciativas intermunicipais para transformar em roteiros turísticos os lugares por onde passavam as antigas trilhas das Estradas Reais que tinham o Noroeste de Minas, e inclusive cidades como Formoso e Paracatu como pontos de passagem?
Essas e outras iniciativas são alavancas indispensáveis na valorização da identidade local. Como afirma o estudioso francês Alain Bordin, em seu livro “A Questão Local”:
O Local é a prática que contesta, é o espírito que diz não. É o dispositivo crítico... Ele trabalha os multipossíveis. (...). O Local coloca em forma o mundo da vida diária, sendo ele próprio fundador da relação com o mundo do indivíduo, mas igualmente da relação com o Outro, da construção comum do sentido que faz o vínculo social. (In: L.Sfez citado por Bourdin, Alain. A Questão Local, Rio, DP&A: 2001. p. 17, 36).
O Local é a prática que contesta, é o espírito que diz não. É o dispositivo crítico... Ele trabalha os multipossíveis. (...). O Local coloca em forma o mundo da vida diária, sendo ele próprio fundador da relação com o mundo do indivíduo, mas igualmente da relação com o Outro, da construção comum do sentido que faz o vínculo social. (In: L.Sfez citado por Bourdin, Alain. A Questão Local, Rio, DP&A: 2001. p. 17, 36).
É hora de repensarmos o Noroeste de Minas. É hora de olharmos para cidades pequenas sucumbidas ao subdesenvolvimento por causa de um modelo de desenvolvimento que faz do Noroeste de Minas um celeiro de grãos cujas riquezas são exportadas sem que a maioria de sua população tenha benefícios. Priorizar um Modelo de Desenvolvimento Local Integrado Sustentável que faça de Formoso e de todos os municípios do Noroeste de Minas não apenas um símbolo do AGRONEGÓCIO como hoje, mas um modelo que promova igualdade de oportunidades para todos e justiça social com consciência socioambiental é assegurar o acesso de seus habitantes à Cidadania Sustentável.
Essa mudança de consciência deve começar por esse debate sobre a relação conflitante entre o Local e o Global, entre Cultura Popular e Cultura de Massa... por que é dessa discussão em seminários como esse de hoje, que vamos poder falar de passado, não de forma estanque, burocrática ou contaminados por essa nostalgia homérica evocatória de grandezas que desapareceram, mas um passado que sirva de referencial crítico na manutenção de identidades locais; um passado que esteja vivo em sala de aula por meio de uma disciplina onde escolas e faculdades de toda a Região possam construir diálogos entre memória local e sustentabilidade; um passado, enfim, norteador de futuro.
Em nome de Formoso de Minas agradecemos a paciência desse público-ouvinte e participante. Em nome do futuro de Formoso e do Noroeste de Minas invocamos a presença de todos vocês como parte desse compromisso com a cultura e a história locais de cidades como esta sobre a qual tive a honra de falar. (...).
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