Vestígio
“Amigo,
para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o
igual, desarmado (...)”.
ROSA,
Guimarães; GRANDE SERTÃO: VEREDAS, 33ª impressão, Rio, Nova Fronteira, 1988, p. 155.
Xiko Mendes
Nem tudo está esquecido
Se existir um pouco de Nós
Em
mim, em você, no amigo
Que
sente, pensa, fala consigo:
–
Jamais ficaremos sós!!!
Se
nem tudo esquecido está,
Queremos
que fique um pouco
De
Nós no sorriso e no olhar;
No
jeito de sentir e pensar;
Nas
lágrimas que inundam o rosto.
Tudo
nem está esquecido agora,
Caso
reconhecermos na gente
Um
pouco de Nós outrora
Quando,
no despertar da Aurora,
Lembrávamos
do amigo ausente.
Um
pouco de Nós permanece
Vivo
em nossas reminiscências
Porque
a amizade não envelhece
Nem
o amigo real se esquece
Que
alguém existe, mesmo na ausência.
Nem
tudo está esquecido
Se
colocarmos nos corações
Um
pouco de mim, você, do amigo;
Se
deixarmos o Passado retido
Como
reflexo das recordações.
Um
pouco de Nós existe
Sem
ser esquecido na vida
Porque
nossa amizade resiste
E,
diante do Adeus, persiste
Confraternizando
a despedida.
Se
um pouco de Nós, realmente,
Continua
existindo no amigo,
Felicitamos
todos, amistosamente:
Que
não morra a amizade da gente
NEM
TUDO FIQUE ESQUECIDO!
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