Formoso
dá posse à primeira mulher prefeita
Xiko Mendes**
Foi empossada na manhã de primeiro
de janeiro a prefeita de Formoso, Maria Domingas Marchese (PMDB) juntamente com seu vice-prefeito, o médico Edimar José
Carneiro (PSB). A solenidade teve início às oito horas com uma missa ecumênica
no Salão da Paróquia Nossa Senhora da Abadia, que prosseguiu com novas mensagens
evangélicas e espíritas celebradas na sede do Legislativo Municipal. No
Plenário da Câmara, às 9:40, sob a presidência do vereador mais idoso, Antônio
Pereira da Silva, teve início os atos de posse com a eleição da Mesa Diretora
que assim ficou composta: Presidente: Rosemar Ferreira dos Reis (PMDB);
Vice-presidente: Antônio Pereira da Silva (PSB); Primeiro Secretário: Neurival
Pereira de Andrade (PR); e Segundo Secretário: Almi de Oliveira (DEM). Além desses
vereadores, também foram empossados os vereadores Eliandro Castro (PPS), Maria
Anita da Silva (PMDB), Maria Lúcia Santana de Araújo (DEM), José Euclides
Vieira (PPS) e Antônio Gomes de Oliveira (DEM).
A Direção da Câmara de Vereadores
foi eleita por unanimidade, apesar de a Oposição ter pelo menos dois
representantes eleitos pelo PPS. A composição da Mesa Diretora traduz o equilíbrio
das forças políticas eleitas no ano passado: O DEM, que elegeu a maior bancada
de vereadores, e o PMDB, que elegeu-se para o Governo Municipal.
A posse da prefeita, que é mais
conhecida como Nena Marchese, ocorreu imediatamente após a instalação da 13ª
Legislatura do Município. Executados o Hino Nacional e o Hino Municipal,
coautoria de Xiko Mendes com a dupla Meire
& Matos, o evento prosseguiu com uma grande homenagem prestada pelo Sr.
Edson Luis Marchese que, como primeiro cavalheiro de Formoso, celebrou sua
alegra fazendo a entrega simbólica das chaves da Prefeitura de Formoso à sua
esposa e prefeita, Nena Marchese. O filho da prefeita, o jovem Félix Neto,
entregou a ela um buquê de flores, e leu um texto da prefeita, feito em 1995,
no qual declarou: “O poder aquisitivo não
compra a verdade, e aqueles que guardam silêncio, que abram a boca”. Esse foi
um momento apoteótico onde as palmas do público confirmaram a emoção do Povo
Formosense em presenciar a posse da primeira mulher prefeita.
Sob o calor escaldante dos chapadões
do Noroeste de Minas e a presença de uma multidão com centenas de pessoas, o
plenário da Câmara não coube a população. Várias autoridades se fizeram
presentes, entre as quais os ex-prefeitos Orlando José da Silva, Nelson Dias
Andrade e José Florisval Ornelas, além do Sr. Wilson Rodrigues, assessor
parlamentar do Deputado Federal Antônio Andrade, Presidente do Diretório
estadual peemedebista e que se posiciona como o principal articulador da
prefeita Nena em Brasília. Após a posse, foram oferecidos churrasco e shows
musicais para perpetuar esse momento histórico que marcará o aniversário de 50
anos da emancipação de Formoso, em 1º/3/13.
Diversos oradores fizeram uso da
palavra, entre os quais, o novo Presidente da Câmara, Rosemar Ferreira, o
ex-vice-prefeito Dinarte Ornelas, o ex-prefeito Luiz Carlos da Silva (Luizinho),
o vice-prefeito Edimar Carneiro, e a Prefeita Nena Marchese, que iniciou
agradecendo todos os seus colaboradores, principalmente a família, o marido e o
Deputado Antônio Andrade. Sob o slogan “Perdão,
Fé, Amor e Esperança”, Nena pontuou os principais compromissos previstos em
seu plano de governo, em resposta aos grandes desafios não resolvidos pelo Prefeito
anterior, e que foram detectados pela Comissão de Transição: precarização da
saúde pública, estradas esburacadas, pontes apodrecidas, ruas cheias de lixo,
endividamento crescente do município, ônibus escolares, maquinário e demais
veículos em péssimo estado de conservação, etc.
Nena
Marchese é
fazendeira e professora de Língua Portuguesa diplomada pela Universidade do
Oeste Paulista (Unoeste). Nasceu no
Distrito de Goiaminas, em Formoso, em 1972. Foi vereadora no período entre 2001
e 2004. Concorreu, sem êxito, às eleições de 2004 e 2008, sucessivamente, aos
cargos de prefeita e vice-prefeita, Ela, além de ser a primeira mulher prefeita
do município, também é a primeira pessoa com curso superior a governá-lo.
Formoso comemora, nesse ano, 235 anos de povoamento e tem na nova prefeita a
esperança de devolver ao município a dignidade, a ética e a honra na vida
pública, além de melhorar os diferentes indicadores do desenvolvimento local.
NENA MARCHESE casou-se na década de 1990 com Edson Marchese, que é filho de Félix Marchese, neto de Henrique Marchese, e sobrinho de Elias V. Marchese, ex-presidente da COOPA-DF, em Brasília.
NENA MARCHESE casou-se na década de 1990 com Edson Marchese, que é filho de Félix Marchese, neto de Henrique Marchese, e sobrinho de Elias V. Marchese, ex-presidente da COOPA-DF, em Brasília.
(**) Xiko Mendes, professor e escritor, é
membro, entre outras, da Academia de
Letras do Noroeste de Minas, em Paracatu.
História do
sobrenome MARCHESE
“Em 476 d.C., com a queda do império
romano do ocidente, os antepassados da família MARCHESE passaram a viver
sob o jugo (governo) do condotiere (condutor de exércitos/caudilho) germânico
Odoacre. Antes do fim do século quinto Odoacre foi eliminado por Teodorico, rei
dos ostrogodos, o qual instalou seu reino na Itália, caracterizado pelo
respeito á prerrogativas romanas, reservando para o seu povo as prerrogativas
militares. Sob Teodorico a Itália teve um longo período de paz e prosperidade .
Na sua morte ocorrida em 526 d.C., Giustiniano se dedicou a reconquistar a
Itália e precipitou a península em decênios de desordens e de guerras. A
influência da cultura e dos costumes teutônicos começou a ser visível sobre os
povos italianos e sobre a família Marchese somente por volta do fim do século
sexto, quando os lombardos invadiram a Itália, como testemunha a proliferação
dos nomes germanos (alemães), a começar naquele período. Grande historiador
suíço do período renascentista, Jacob Burckhardt, afirma que a desordem
política sofrida pelos italianos nos séculos negros da idade média, que teve
início a seguir da queda do império romano não comprometeu a atividade
artística e o dinamismo comercial. A Itália foi de fato o centro comercial e
cultural incontestável da Europa Ocidental do décimo terceiro ao décimo sexto
século. A esse sucesso econômico e artístico contribuíram também os membros da
família Marchese. Dante, Bocaccio, Da vinci, Michelangelo, Scalotti e Vivaldi
eram destinados a ser algumas das grandes figuras que definiram a civilização
ocidental. Com a unificação da Itália, concluída em 1870 que marcou o ápice do
movimento dito Renascença, iniciou o reino da casa de Savoia, de quem
naturalmente os Marchese vieram a ser leais súditos.
A Itália é hoje uma nação que convive
com uma língua comum, ainda que sua cultura seja ainda caracterizada de uma
miríade de dialetos regionais e locais. Entre seus limites vivem ainda minorias
étnicas slavênias, gregas, tedescas (alemães) friulanas e catalãs, com línguas
tradições e nomenclaturas próprias. A Família Marchese é portanto existente no
curso dos séculos em um país rico por uma diversidade de línguas, e de
culturas. Por outro lado o fenômeno da emigração de milhões da italianos para
as Américas e outras partes do mundo contribuíram para a difusão da cultura, da
cozinha e dos sobrenomes italianos, em todo o mundo.
O estudioso Emílio de Felice, um
expert em nomes e cognomes italianos considera o cognome Marchese como uma
variante do mais comum cognome Marchesi.. Este cognome é de origem ocupacional
e em particular pertence aquele grupo de cognomes derivado dos aristocratas dos
seus ajudantes e dos seus servidores. Evidentemente o cognome deriva do título
nobre de “Marchese”, (Marquês) mas no passado havia o hábito de usá-lo como
supranome por qualquer um que pertencia ao séquito de um “marchese”(Marquês),
como secretário ou como valete.
Dicionário histórico-Blasônico, uma
lista da nobreza italiana, traz notícias (informações) de cinco famílias com o
nome Marchese, uma de Gênova, duas da Sicília, Messina e Palermo, uma de
Nápoles e uma de Salerno.
As mais antigas referências pertencem
á família de Messina que parecem originar-se da Lombardia, mas
que das quais sabemos com segurança, que por volta do ano 1000 tinham Alberico
e Ugone como oficiais no escrito de Giorgia Maniace, Esarca de Sicília
e deles derivou um Ricardo que foi do serviço de Guilherme, castelão
de Caormina. Paulo irmão de Ricardo, se transferiu para Nápoles
e deu origem a um outro ramo da família. O ramo de Gênova da família
Marchese era originário de Furli, mas foi levado para a Liguria
pelos irmãos Andrea e João em 1420. Aqui esses fizeram parte dos
Conselho dos Nobres da cidade. O ramo de Nápoles da familia, parecer ser
origem Longobarda, portanto na Itália do conde Alfana, supranominado
“il Marchese” (O Marchese).
Segundo o sistema romano de
nomenclatura, il Capostirpe (chefe de Família ou cabeça de família) dos
Marchese seria identificado por um nome próprio de pessoa, (Antônio por
exemplo) um nome que identificada a “gens” a qual eles pertenciam e um cognome
com o qual a sua família se distinguia das outras da mesma progenie a “gens”.
Gradualmente o nome que identificada a “gens” veio sendo omitido, tanto que e
então no quarto século caiu o império romano do ocidente, tinha-se tornado
tradicional o uso do nome e do cognome na maioria dos casos. As tribos
germânicas (os bárbaros) que naquele período invadiram a Itália favoreceram o
uso de um único nome. A família Marchese, como tantas outras, provavelmente
abandonaram seu tradicional nome romano, adotando um daqueles adotados pelos
seus conquistadores . No curso da idade média quando cognomes italianos como
Marchese, começava a formar-se a tradição aráldica italiana, que consistia
também na aposição ao nome de um símbolo sobre o brasão de família que em geral
aludia a um particular evento histórico. Se a exemplo dos membros da família
Marchese tinham participado por uma das duas famílias dos Guelfos e dos
Ghibelini, esses teriam adornado o seu escudo com uma faixa merlata a maneira
guelfa ou Ghibelina que indicava o partido a que pertencia. Assim que os
membros da família Marchese tem herdado não só o nome, mas também tudo aquilo
que essa representa, a sua história e as tradições criadas com orgulho dos seus
antepassados.
Arma azul com um braço armado
impugnando uma palma verde sob duas estrelas de ouro.
Graduação: azul denota lealdade,
verde significa esperança.
Cimeiro: uma águia listada preto e coroada
ouro.
Origem: Itália.
Tradução: Elias Valmor Marchese,
filho de Henrique Marchese, neto de Antônio(Domênico) Marchese, bisneto de
Luigi Marchese, trineto de Giovanni Baptista Marchese (1831) ........ al pie
dei Monti Treviso Itália” (texto sem autor, extraído da internet).
ESTÁ AUTORIZADO A QUALQUER PESSOA REPRODUZIR ESSA MATÉRIA EM OUTROS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, DESDE QUE CITEM A FONTE (www.unidosporumformosodiferente.blogspot.com) E O AUTOR. Caso contrário responderá o infrator conforme a lei de direitos autorais, lei federal 9.610/98, e artigo 184 do Código Penal.
ONG UNIFAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, assine seus comentários para que possamos respondê-los. Excluiremos todos os comentários ANÔNIMOS.